É bíblico fazer apelo evangelístico?
"E creram todos os que haviam sido predestinados para a vida eterna" Atos 13.48
A coisa mais comum nas igrejas evangélicas, especialmente as do século XXI, é o apelo evangelístico. Quase sempre o pastor prega determinada mensagem e depois disso vem o longo apelo. Nesse momento o pregador implora para que as pessoas venham a frente, o tecladista toca uma música emocional de fundo, e faz-se grande pressão piscológica. O apelo evangelístico é inexistente nas escrituras e na historia da igreja. Grandes evangelistas como Jonathan Edwards, George Withefield, John Wesley, não faziam apelos, eles nem sabiam o que era isso, contudo suas pregações eram bem-sucedidas. Eles convidavam as pessoas a vir a Cristo por meio da fé e do arrependimento, e não á vir a plataforma. Eles confiavam unica e exclusivamente na obra do Espírito Santo. Foi no século XIX, que um pregador muito popular (Com algumas ideias heréticas, inclusive) chamado Charles Finney que popularizou essa ideia que era pouco conhecida até então. Finney criou o "banco dos ansiosos" onde as pessoas iam, sentavam-se, e recebiam orações. Essa ideia popularizou-se e até hoje isso é praticado em quase todas as igrejas no Brasil. Vamos analisar agora, porém, o que está por trás do apelo evangelístico.
1. O Apelo evangelístico é errado porque pressupõe que Deus precisa de seguidores. O que está por trás disso é uma ideia falsa de que Deus precisa de servos. Tais pessoas fazem de tudo nos púlpitos de suas igrejas para vir pelo menos uma pessoa. Agem como se Deus precisasse, como se Deus estivesse implorando por pessoas para o seguir. Não condeno, aqui, a pratica do evangelismo, mas devemos faze-lo com base que a outra pessoa precisa de Cristo e sem ele, ela está condenada. No apelo não é assim, a motivação é que Deus precisa de servos, e os pregadores imploram, choram, gritam, ao som de músicas emocionantes tocadas em um piano. Muitas vezes prometem até coisas incapazes de cumprir, como: "Venha até aqui e você terá uma vida melhor". Quando voltamos aos evangelhos não vemos Cristo implorando para as pessoas o seguirem, pelo contrario, vemos em uma passagem, Mateus 8, onde dois homens aparecem querendo servir a Cristo, a resposta do salvador, contudo, é muito conflitante. Ao invés de Cristo dizer (Como diriam muitos pregadores): "Venha será muito bom", ele, porém, coloca dificuldades, ele informa: "você quer me seguir, então saiba que você vai ter de renunciar o conforto" "O filho do homem não tem onde reclinar a cabeça". Cristo não quer quantidade e sim qualidade. Ele quer servos que estejam prontos a renunciar tudo por eles. Se fosse qualquer pregador moderno diria venha, Cristo disse :"Você sabe o que vai custar seguir-me?". Em João 6 vemos que multidões estão seguindo a Jesus por causa dos seus milagres, vendo isso ele começa a pregar duras mensagens até que as pessoas começam a ir embora e sobram apenas os doze, qualquer pregador moderno diria "Eu mudo a minha mensagem" Jesus porém olha para os doze que ficaram e diz: "Vós também não quereis ir embora?". É por isso que surgem os mais diversos tipos de pregadores, e dizem "Esse é o meu jeito de ganhar almas para cristo". Os pregadores deviam imitar Spurgeon, ele não fazia apelos, ele se opunha veementemente contra isso, Spurgeon dizia: "Você entendeu a mensagem e quer seguir a Cristo? Vá para casa, pense nas consequências e venha aqui amanhã".
2. O apelo evangelístico é errado porque produz uma falsa segurança. Quantas serão as pessoas que naquele dia dirão; "Senhor, eu não fui lá na frente quando o pregador chamou, na hora do apelo?" e Cristo dirá: "Apartai-vos de mim, todos vós que praticam a iniquidade". Não são poucas as pessoas que acham que são convertidas porque uma vez na vida repetiram a oração de um pregador pedindo para Deus entrar nos seus corações, porém nunca tiveram de fato um encontro com Cristo. Tais pessoas vivem enganadas, são pessoas carnais, não regeneradas. Tais pessoas nunca experimentaram um novo nascimento, nunca foram regeneradas, mas vivem nas igrejas, as vezes são líderes de departamentos, e assim a igreja vai crescendo, cheia de pessoas carnais, as programações da igreja são carnais, e o pregador tem de mudar o conteúdo de sua mensagem por causa de tais pessoas. Naquele dia grande será a surpresa de muitos. Muitos pregadores serão cobrados por Deus, por enganarem as pessoas fazendo-as pensarem que são convertidas. Muitas pessoas vivem com o nome de cristão, praticando, porém, obras das trevas e por causa disso "O nome de Deus é blasfemado entre os gentios" (Rm 2.24) Grande parte da bagunça dentro do evangelho se da por tal prática. Por que a maioria das igrejas não querem mensagens com mais de trinta minutos, por que os sermões pregados são, na maioria das vezes, auto-ajuda, por que tanto tempo gasto com louvor, por que tantas músicas egocêntricas? Por que? Por caus dos bodes no meio das ovelhas. Tal apelo tem trazido de-serviço ao corpo de Cristo.
3. O apelo é errado porque não devemos separar o emocional do racional. Oh quantas vezes eu já vi pessoas chorando após um sermão, indo a frente levantando suas mãos no apelo, porém tudo aquilo é como "fogo de palha". O apelo tende a lidar apenas com o emocional, mas a fé em Cristo é também algo racional, os discípulos chegaram a fé no caminho de Emaús por meio da razão. No apelo o pregador usa toda sua capacidade de eloquência, a música do fundo faz as pessoas chorarem, mas aquilo é mero emocionalismo, amanhã tudo aquilo passará, porém, amanhã, aquela pessoa pensará ser salva sem nunca ter encontrado Jesus. Lloyd Jones conta uma história no seu livro "Pregação e pregadores" ele diz que havia um homem que morava no bairro da igreja em que ele pastoreava no País de Gales, esse homem era um tremendo Alcoólatra, certo dia esse homem foi assistir a um de seus cultos, no domingo a noite, durante a pregação Lloyd Jones notou que o homem chorava copiosamente, depois do culto Lloyd Jones ficou em dúvida se deveria o convidar aquela noite para seguir a cristo. Acabou que ele não o convidou, apenas despediu-se dele, como fizera com todos. No outro dia enquanto Loyd Jones se dirigia a capela, para o culto de oração, esse homem aproximou-se dele e disse: "Se ontem, você tivesse feito o o convite, eu teria ido" O Dr. Lloyd Jones respondeu: "Então vamos agora par a igreja, eu lhe convido" o homem retrucou "Não, não, agora se o Dr. tivesse me convidado a noite passada..." Lloyd Jones então respondeu: "O que aconteceu ontem não perdurou uma noite, não estou interessado nisso."
4. O apelo é errado porque produz convicção superficial do pecado. As pessoas não sabem o que estão fazendo direito, mas vão á frente. Não tem convicção do pecado mas vão, o pregador reluta contra as pessoas até elas irem a frente. Certo pregador usou em um apelo uma analogia: "Se você não quer perde o barco venha a frente" um homem foi. No final do culto o homem não sabia realmente porque o fizera, só não queria "Perder o barco". As pessoas normalmente se "convencem do pecado por uma noite" na outra porém estão lançadas de volta nessas praticas. Elas consideram muitas vezes que ir a frente é sinal de arrependimento. Dando assim poder ao próprio pecador. O pecador acha que alcançará perdão por ir a frente (Por sua obra de ir a frente) e não pelo sacrifício de Cristo.
5. Por fim, o apelo é errado porque faz pouco caso da obra do Espírito Santo. O pregador, com sua eloquência, implora, fazendo assim, a conversão, obra do pregador e não do Espírito Santo. Não confiam no poder do Espírito Santo para converter pecadores, assim, acham que eles mesmo devem fazer isso. Não é o pregador que convence, ele apenas prega, quem convence é o Espírito Santo. Devemos confiar em sua obra. Se pessoas não virem a Cristo naquela noite, é porque o Espírito não quis que assim o fosse, não devemos relutar contra isso, devemos descansar. O fato de Jesus ter "todo poder no céu e na terra, portanto, Ide." Nos remete que Deus é soberano e que ninguém virá a Cristo sem que o pai não o trouxer. Confiemos na obra dele, pois é perfeito. Não tentemos, por meio de nossas forças, eloquência e melodias tristes, trazer pecadores ao arrependimento, não é obra nossa.
Não devemos negar, porém, que muitas pessoas foram beneficiadas pelo apelo. Provavelmente a maioria das pessoas que estão lendo esse artigo, se converteram por meio de um apelo, mas isso é exceção, não regra. O apelo tem sido um forte fator para o evangelicalismo moderno, cujo o homem é o centro, tem prestado de-serviços ao evangelho e tem feito a noiva de Cristo ser zombada, por causa de crentes carnais, os ímpios costumam dizer "Tá vendo, esses crentes são tudo assim...", isso é zombar da noiva de Cristo. Cristo não irá tolerar os que zombaram de sua noiva e nem os que deram motivos para isso.
Por: Emanuel Souza
A coisa mais comum nas igrejas evangélicas, especialmente as do século XXI, é o apelo evangelístico. Quase sempre o pastor prega determinada mensagem e depois disso vem o longo apelo. Nesse momento o pregador implora para que as pessoas venham a frente, o tecladista toca uma música emocional de fundo, e faz-se grande pressão piscológica. O apelo evangelístico é inexistente nas escrituras e na historia da igreja. Grandes evangelistas como Jonathan Edwards, George Withefield, John Wesley, não faziam apelos, eles nem sabiam o que era isso, contudo suas pregações eram bem-sucedidas. Eles convidavam as pessoas a vir a Cristo por meio da fé e do arrependimento, e não á vir a plataforma. Eles confiavam unica e exclusivamente na obra do Espírito Santo. Foi no século XIX, que um pregador muito popular (Com algumas ideias heréticas, inclusive) chamado Charles Finney que popularizou essa ideia que era pouco conhecida até então. Finney criou o "banco dos ansiosos" onde as pessoas iam, sentavam-se, e recebiam orações. Essa ideia popularizou-se e até hoje isso é praticado em quase todas as igrejas no Brasil. Vamos analisar agora, porém, o que está por trás do apelo evangelístico.
1. O Apelo evangelístico é errado porque pressupõe que Deus precisa de seguidores. O que está por trás disso é uma ideia falsa de que Deus precisa de servos. Tais pessoas fazem de tudo nos púlpitos de suas igrejas para vir pelo menos uma pessoa. Agem como se Deus precisasse, como se Deus estivesse implorando por pessoas para o seguir. Não condeno, aqui, a pratica do evangelismo, mas devemos faze-lo com base que a outra pessoa precisa de Cristo e sem ele, ela está condenada. No apelo não é assim, a motivação é que Deus precisa de servos, e os pregadores imploram, choram, gritam, ao som de músicas emocionantes tocadas em um piano. Muitas vezes prometem até coisas incapazes de cumprir, como: "Venha até aqui e você terá uma vida melhor". Quando voltamos aos evangelhos não vemos Cristo implorando para as pessoas o seguirem, pelo contrario, vemos em uma passagem, Mateus 8, onde dois homens aparecem querendo servir a Cristo, a resposta do salvador, contudo, é muito conflitante. Ao invés de Cristo dizer (Como diriam muitos pregadores): "Venha será muito bom", ele, porém, coloca dificuldades, ele informa: "você quer me seguir, então saiba que você vai ter de renunciar o conforto" "O filho do homem não tem onde reclinar a cabeça". Cristo não quer quantidade e sim qualidade. Ele quer servos que estejam prontos a renunciar tudo por eles. Se fosse qualquer pregador moderno diria venha, Cristo disse :"Você sabe o que vai custar seguir-me?". Em João 6 vemos que multidões estão seguindo a Jesus por causa dos seus milagres, vendo isso ele começa a pregar duras mensagens até que as pessoas começam a ir embora e sobram apenas os doze, qualquer pregador moderno diria "Eu mudo a minha mensagem" Jesus porém olha para os doze que ficaram e diz: "Vós também não quereis ir embora?". É por isso que surgem os mais diversos tipos de pregadores, e dizem "Esse é o meu jeito de ganhar almas para cristo". Os pregadores deviam imitar Spurgeon, ele não fazia apelos, ele se opunha veementemente contra isso, Spurgeon dizia: "Você entendeu a mensagem e quer seguir a Cristo? Vá para casa, pense nas consequências e venha aqui amanhã".
2. O apelo evangelístico é errado porque produz uma falsa segurança. Quantas serão as pessoas que naquele dia dirão; "Senhor, eu não fui lá na frente quando o pregador chamou, na hora do apelo?" e Cristo dirá: "Apartai-vos de mim, todos vós que praticam a iniquidade". Não são poucas as pessoas que acham que são convertidas porque uma vez na vida repetiram a oração de um pregador pedindo para Deus entrar nos seus corações, porém nunca tiveram de fato um encontro com Cristo. Tais pessoas vivem enganadas, são pessoas carnais, não regeneradas. Tais pessoas nunca experimentaram um novo nascimento, nunca foram regeneradas, mas vivem nas igrejas, as vezes são líderes de departamentos, e assim a igreja vai crescendo, cheia de pessoas carnais, as programações da igreja são carnais, e o pregador tem de mudar o conteúdo de sua mensagem por causa de tais pessoas. Naquele dia grande será a surpresa de muitos. Muitos pregadores serão cobrados por Deus, por enganarem as pessoas fazendo-as pensarem que são convertidas. Muitas pessoas vivem com o nome de cristão, praticando, porém, obras das trevas e por causa disso "O nome de Deus é blasfemado entre os gentios" (Rm 2.24) Grande parte da bagunça dentro do evangelho se da por tal prática. Por que a maioria das igrejas não querem mensagens com mais de trinta minutos, por que os sermões pregados são, na maioria das vezes, auto-ajuda, por que tanto tempo gasto com louvor, por que tantas músicas egocêntricas? Por que? Por caus dos bodes no meio das ovelhas. Tal apelo tem trazido de-serviço ao corpo de Cristo.
3. O apelo é errado porque não devemos separar o emocional do racional. Oh quantas vezes eu já vi pessoas chorando após um sermão, indo a frente levantando suas mãos no apelo, porém tudo aquilo é como "fogo de palha". O apelo tende a lidar apenas com o emocional, mas a fé em Cristo é também algo racional, os discípulos chegaram a fé no caminho de Emaús por meio da razão. No apelo o pregador usa toda sua capacidade de eloquência, a música do fundo faz as pessoas chorarem, mas aquilo é mero emocionalismo, amanhã tudo aquilo passará, porém, amanhã, aquela pessoa pensará ser salva sem nunca ter encontrado Jesus. Lloyd Jones conta uma história no seu livro "Pregação e pregadores" ele diz que havia um homem que morava no bairro da igreja em que ele pastoreava no País de Gales, esse homem era um tremendo Alcoólatra, certo dia esse homem foi assistir a um de seus cultos, no domingo a noite, durante a pregação Lloyd Jones notou que o homem chorava copiosamente, depois do culto Lloyd Jones ficou em dúvida se deveria o convidar aquela noite para seguir a cristo. Acabou que ele não o convidou, apenas despediu-se dele, como fizera com todos. No outro dia enquanto Loyd Jones se dirigia a capela, para o culto de oração, esse homem aproximou-se dele e disse: "Se ontem, você tivesse feito o o convite, eu teria ido" O Dr. Lloyd Jones respondeu: "Então vamos agora par a igreja, eu lhe convido" o homem retrucou "Não, não, agora se o Dr. tivesse me convidado a noite passada..." Lloyd Jones então respondeu: "O que aconteceu ontem não perdurou uma noite, não estou interessado nisso."
4. O apelo é errado porque produz convicção superficial do pecado. As pessoas não sabem o que estão fazendo direito, mas vão á frente. Não tem convicção do pecado mas vão, o pregador reluta contra as pessoas até elas irem a frente. Certo pregador usou em um apelo uma analogia: "Se você não quer perde o barco venha a frente" um homem foi. No final do culto o homem não sabia realmente porque o fizera, só não queria "Perder o barco". As pessoas normalmente se "convencem do pecado por uma noite" na outra porém estão lançadas de volta nessas praticas. Elas consideram muitas vezes que ir a frente é sinal de arrependimento. Dando assim poder ao próprio pecador. O pecador acha que alcançará perdão por ir a frente (Por sua obra de ir a frente) e não pelo sacrifício de Cristo.
5. Por fim, o apelo é errado porque faz pouco caso da obra do Espírito Santo. O pregador, com sua eloquência, implora, fazendo assim, a conversão, obra do pregador e não do Espírito Santo. Não confiam no poder do Espírito Santo para converter pecadores, assim, acham que eles mesmo devem fazer isso. Não é o pregador que convence, ele apenas prega, quem convence é o Espírito Santo. Devemos confiar em sua obra. Se pessoas não virem a Cristo naquela noite, é porque o Espírito não quis que assim o fosse, não devemos relutar contra isso, devemos descansar. O fato de Jesus ter "todo poder no céu e na terra, portanto, Ide." Nos remete que Deus é soberano e que ninguém virá a Cristo sem que o pai não o trouxer. Confiemos na obra dele, pois é perfeito. Não tentemos, por meio de nossas forças, eloquência e melodias tristes, trazer pecadores ao arrependimento, não é obra nossa.
Não devemos negar, porém, que muitas pessoas foram beneficiadas pelo apelo. Provavelmente a maioria das pessoas que estão lendo esse artigo, se converteram por meio de um apelo, mas isso é exceção, não regra. O apelo tem sido um forte fator para o evangelicalismo moderno, cujo o homem é o centro, tem prestado de-serviços ao evangelho e tem feito a noiva de Cristo ser zombada, por causa de crentes carnais, os ímpios costumam dizer "Tá vendo, esses crentes são tudo assim...", isso é zombar da noiva de Cristo. Cristo não irá tolerar os que zombaram de sua noiva e nem os que deram motivos para isso.
Por: Emanuel Souza
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