Emanuel Souza

  "Pois quem fala em línguas não fala aos homens e sim a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistério" 1 Co 14.2   O dom de línguas está presente no livro de Atos no capitulo dois, e o vemos também na primeira epístola aos corintios capitulo quatorze. Acontece que, em face de tão claro relato de Lucas e da mensagem de Paulo, muitos parecem não entender. Não são poucas a igrejas que se dizem privilegiadas com esse dom, mas será que esse dom tem sido entendido de maneira bíblica, será que essa forma de "línguas estranhas" que vemos presente nas igrejas é realmente bíblico? . Meu desejo é trazer a tona os princípios bíblicos que trazem esse dom, e assim poder auxiliar os irmãos, visto que muitos não compartilham a mesma visão que eu, pretendo exorta-os com todo amor de meu coração e desejo que os leitores hajam mutuamente ao lerem esse artigo. 1. Não são línguas de anjo. Não vemos em nenhum lugar da bíblia os anjos se comunicando com um idioma

"Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco" Mt 1.23  No dia de hoje, vinte e cinco de dezembro, celebramos o Natal. Não há relatos de que foi nesse dia que Cristo nasceu, porém nesse dia celebramos o fato de Cristo ter vindo aqui na terra, em nosso favor. O amor de Deus foi sobremodo, ao ponto de entregar seu filho para a remissão dos pecados daqueles que se achegam a ele por meio fé. Nós que, outrora, eramos por natureza filhos da ira, estávamos sobre o império das trevas, escravos do pecado e inimigos de Deus, nada merecíamos senão a condenação de Deus, mas ele, por sua imensa misericórdia "Deu-nos a prerrogativa de nos tornarmos filhos de Deus" (Jo 1.12). Cristo que nunca conheceu o pecado se fez pecado em nosso lugar, Cristo que nunca pecou sofreu por nós o castigo de nossos pecados, O filho de Deus foi abonado pelo seu pai naquele momento pois estava pagando pelos nossos pecados,

      "Pois todos fomos batizados por um só espirito para ser um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só espirito." 1 Corintios 12.13  Há quem acredite que o batismo no Espirito Santo é algo que acompanha a conversão, todos os crentes já receberam o batismo no Espirito Santo desde o momento da sua conversão, portanto não devemos buscar um "batismo no Espirito Santo" depois da conversão. No meio pentecostal acredita-se no batismo no Espirito como sendo uma segunda benção, uma experiencia pós conversão, conquistada por aqueles crentes que são "mais espirituais". Uma das evidencias dessa experiencia pós conversão, segundo eles, é o falar em "línguas estranhas". Mas afinal esse batismo é algo que acompanha a conversão ou é uma segunda benção? 1. A ideia do batismo no Espirito como sendo uma segunda benção, traz malefícios ao corpo de Cristo. Cria-se duas espécies de crentes, os bat

      Há dois tipos de graça, há a graça salvífica, que por meio dela somos salvos, esse tipo de graça é dada apenas aos eleitos, mas há também a graça comum, que é dada a todos os homens, salvos e não-salvos. Ambas são dadas por Deus. O que é graça comum? Graça comum é aquilo que restou da imagem de Deus no homem, essa graça lhe possibilita a fazer varias coisas, músicas, esculturas, teatro, dança, ciência, matemática e etc... São frutos da imagem de Deus que restou no homem depois da queda, onde a imagem foi perdida parcialmente e não completamente. A graça comuns dá a todos os homens, crentes e não crente, a capacidade de criar, de fazer  criatividade. A graça comum demostra a misericórdia de Deus ainda para com os ímpios, é uma demostração do seu amor ele conceder dons e talentos a todos.   Nós crentes podemos usufruir da graça comum, e ela foi feita para que nós a usufruamos, desde que os homens não usem desse dom, dado por Deus, para fazer músicas que desonrem ao nome

"Ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1.21)  "Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas" (Jo 10.11) "Ninguém tem maior amor que este, de dar a vida PELOS SEU AMIGOS" (Jo 15.13) "Não rogo pelo mundo mas por aqueles que me deste, pois são teus" (Jo 17.9)   Há duas correntes de pensamento, uma delas, o arminianismo, a corrente mais popular, defende a ideia da expiação ilimitada, ou seja, que Cristo morreu por todas as pessoas sem exceção alguma. Por outro lado, os calvinistas defendem a ideia da expiação limitada,ou seja que Jesus morreu apenas por um grupo restrito no qual ele escolhera antes da fundação do mundo. Qual dessas correntes encontra respaldo nas escrituras? Jesus morreu por todos, ou apenas pelos eleitos?  1. Nenhuma gota de sangue eficaz, em vão, foi na cruz derramada. O sangue precioso de Cristo não seria derramado em vão na cruz, por pessoas que o desprezam. O sangue precioso do Senhor, que é

      A ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo provocou alterações no dia de descanso, na antiga aliança o dia do Senhor era o sétimo dia, o sábado, porém depois da ressurreição de Cristo esse dia foi alterado para o primeiro dia da semana, ou seja, o Domingo. Por qual motivo a ressurreição de Cristo alterou o quarto mandamento? Bem, antes de darmos a resposta para essa indagação, devemos analisar algumas características do quarto mandamento. 1. "Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou. Por isso, o Senhor abençoou o dia de Sábado e o santificou." (Ex 20.11) Todos nós sabemos muito bem que nosso Deus é onipotente, o seu poder é infinto, portanto nosso senhor não se cansa, não se fadiga, nem fica exausto do árduo trabalho, por que, então, o texto sagrado nos informa que o Senhor descansou? Bem, o termo "descansou" vem do verbo "Shabat", ou seja "concluir", "deixar de faz

Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre nós às alturas. É preciso que um deles seja conosco testemunha de sua ressurreição." At 1. 21,22   Uma grande heresia tem permeado o meio neo pentecostal, afirmando que, ainda hoje, existem apóstolos, como Paulo e os doze. Não são poucos os falsos mestres que se auto-intitulam apóstolos, tais como Valdomiro, Agenor Duque, Renê Terra Nova, entre outros hereges... Tal ideia é uma vasta deturpação do evangelho. Tal oficio, do apostolado, cessou, portanto, não há como haver, nos dias de hoje, pessoas com tal oficio. O Dr Augustus Nicodemus escreveu, não faz muito tempo, um livro chamado Apóstolos, no qual ele condena com veemência tal heresia, é um ótimo livro, indico ele para todos que desejam compreender mais sobre o apostolado. Mas, afinal, existe ou não apóstolos hoje? qu

"Portanto, também nós, rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, depois de eliminar tudo que nos impede de prosseguir e o pecado que nos assedia, corramos com perseverança a corrida que nos está proposta." Hebreus 12.1    Entre a grande importância de ler os clássicos da teologia cristã, há, também, uma grande importância em ler, sobre especial, a vida dos puritanos, além de suas obras. Os puritanos ou o puritanismo foi um movimento que surgiu no século XVI, os piedosos que zelavam pelo evangelho eram chamados de "estraga prazeres" e apelidados de "puritanos". Tendo como seus principais antecessores William Tyndale, João Calvino, John fox, entre outros. A vida dos puritanos foram um exemplo em piedade, pregação da sã doutrina, zelo pelas escrituras, papéis cristãos no lar e observância ao domingo, Santo dia do Senhor.  Segundo Iain Murray, no seu livro O Spurgeon Que Foi Esquecido, um dos segredos da pregação de Spurgeon era o estudo na vida

  Hoje estamos aqui não para falar sobre um livro qualquer, mas para falar sobre um clássico da literatura cristã, O PEREGRINO! Livro muito popular no meio evangélico, sendo o segundo livro mais lido depois da Bíblia. Seu autor, John Bunyan, um pastor puritano, muito renomado, autor de diversos clássicos da literatura cristã. Bunyan, que, segundo John Owen, "tinha o poder de tocar o coração dos homens", nasceu em 1628 em Elstow. Foi um grande ímpio desde a mais tenra idade, seguindo suas próprias palavras "Era meu deleite levar-me cativo pelo diabo, à sua vontade; cheio de todo tipo de iniquidade; desde criança poucos me igualavam em lançar maldições, praguejar, mentir e em blasfemar o santo nome de Deus". Desde então Bunyan se afundava cada vez mais em seus pecados, até que, em 1651, algumas mulheres apresentaram Bunyan a John Gifford, o pastor delas. Deus usou Gifford para levar Bunyan ao arrependimento e a fé. Em 1654, por seu excelente testemunho, Bunyan, fo

Uma pergunta que permeia a mente da maioria dos jovens cristãos nos dias de hoje, é "Estou pronto pra começar um relacionamento?". Tendo em vista isso, desejo estar oferecendo um grande auxilio aos meus irmãos em Cristo, que não sabem se devem ou não namorar, ou procurar um(a) parceiro(a). Antes, porém você deve estar ciente de que ha pessoas com o dom do celibato, e iss o é uma benção, se Deus quis te presentear com tal dom, a fim de que você se dedique mais ao reino, encare isso como benção. Em Mateus cap 19, no verso 11 e 12, Jesus fala acerca de pessoas que não são aptas para casar, são Eunucos, o próprio Cristo era eunuco, o apostolo Paulo também, regozije-se caso possua tal dom, estarás se assemelhando a tais homens. Porém, se tens o dom de casar, regozije-se também, pois estás cumprindo as ordens do senhor "Deixará o homem pai e mãe e unirá a uma mulher...". Ambos são uma benção, pois assim é a vontade de Deus. Antes de tudo deve identificar qual é o seu

  Tornou-se comum, no meio evangélico, falar-se que debates teológicos não levam a nada. Os que dizem tais coisas, afirmam que não irão se reposicionar, mesmo que as evidencias do ponto de vista contrário sejam claras e bíblicas. Não mostram nenhuma disposição em aprender ou ensinar, se encontram em comodismo.   Falam também que isso só irá gerar divisões no corpo de Cristo, a igreja. A resposta a essa pergunta inicial, vale a pena debater teologia? Pode ser facilmente respondida, SIM! Isso proporcionara crescimento a igreja de cristo, anseio pelo aprendizado, maturidade e união, contanto que seja feito da maneira correta. O próprio Cristo nos dá a ordem de fazer discípulos, e, depois disto, ordena-los a obedecerem, as coisas que Cristo ensinou (Mt 28.19-20).  A questão, então, é, quando vale a pena debater teologia. Tendo em vista isso, quero indicar como se fazer um debate saudável e que traga união e maturidade a igreja de Cristo.   Devemos estar dispostos a aprender e a ensi